Criamos expectativas cada vez que projectamos no futuro o que desejamos que venha a acontecer. Baseamo-nos em pressupostos, em possibilidades, em experiências passadas e assumimos uma previsão temporal para que elas se realizem. Emocionalmente, alimentamos o desejo ou o receio.
Na tentativa de controlar o futuro, na esperança de que ele nos traga a realização das nossas ambições, quantas vezes não damos por nós a termos de lidar com expectativas frustradas?
Esperamos que as pessoas se comportem desta ou daquela maneira, esperamos que nos vejam, que nos amem, que nos aceitem, que nos valorizem, esperamos… Neste espera e desespera, quantas vezes não adiamos pôr um ponto final num assunto? Quantas vezes não abdicamos do nosso poder de criar a realidade que queremos para nós?
Até sabermos o resultado daquilo que estamos a projectar que venha a acontecer passamos por momentos de ansiedade e, quando o resultado não corresponde às expectativas, acabamos a ter de lidar com insegurança e frustração.
Entre ambicionarmos a concretização de objectivos, os receios de não obtermos o que queremos, o acomodar-nos para não termos de lidar com os efeitos de sair da zona de conforto e deparar-nos com fragilidades e inseguranças, há muito que podemos fazer para preencher o espaço entre o presente e o futuro no que respeita às expectativas.
Algumas sugestões:
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Perceber que as expectativas são diferentes de pessoa para pessoa, assim como são diferentes as suas noções de realização e felicidade.
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Observar a realidade: separar a realidade objectiva daquilo que é o desejo ou o receio. Observar, escutar, perceber onde está e o que é necessário para alcançar o que quer.
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A expectativa é razoável? Tem por base uma verdade inquestionável?
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O que espera obter com ela?
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O que pode acontecer se a sua expectativa não se concretizar? São razoáveis essas expectativas ou são um cenário exagerado? É aceitável essa situação?
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Os imprevistos existem. Fazem parte da vida.
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Não somos perfeitas e os resultados podem ser melhorados. O que pode fazer para maximizar os seus recursos? Desenvolver uma nova capacidade, melhorar a sua gestão emocional? Analise, aprenda e volte a fazer.
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E, se necessário, relativize, perdoe, ofereça ajuda.
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As expectativas estão relacionadas com as nossas definições de felicidade e realização e, como provavelmente conseguimos observar, estas definições variam de pessoa para pessoa e mudam ao longo da nossa vida.
Viver sem expectativas é possível? Sim, se formos capazes de viver sem ambição, sem desejos. Mas também significa que somos capazes de aceitar a realidade tal qual ela é.
Revista Saber Viver
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