As relações são espelhos.
Às vezes mostram beleza, outras vezes devolvem feridas que ainda pedem cuidado.
Em Balança, aprendemos a arte de equilibrar: entre o que eu preciso e o que o outro pede, entre dar e receber, entre harmonia e verdade.
Harmonia não é silêncio
Evitar o conflito não é paz — é pausa tensa – e quantas vezes o evitamos?
Porque parece que não é o momento certo,
porque temos receio da discussão que possa surgir,
porque pode vir a ser a discussão “final”, porque “detesto discussões”,…
Só que Paz é poder dizer “isto é importante para mim” sem ferir, e ouvir o outro sem desaparecer de mim.
Balança fala de equilíbrio: com tato, diplomacia.
Balança é um signo de ar, precisa conseguir “respirar”, ser autêntica e livre para buscar o que lhe devolve a noção de beleza, ritmo e harmonia.
O reflexo que cura
Os relacionamentos revelam padrões: onde cedo demais, onde controlo, onde me ausento.
Ver o meu reflexo no outro e não gostar do que vejo não precisa gerar culpa e se gerar, bem… a culpa é uma excelente oportunidade para tomar consciência. E consciência é escolha.
Limites que libertam
Balança precisa ter claro que um limite objectivo não afasta amor; protege-o. Evita a tendência para idealizarmos o outro e cairmos em relações de dependência.
Balança pede reciprocidade real, não agradabilidade.
Quando nos sentimos incapazes de definir os limites que necessitamos, perdemos a objectividade e a capacidade de reflexão, começa a faltar-nos o sentido crítico saudável, perdemos o respeito por nós mesmas.
Mais tarde ou mais cedo, podemos dar connosco a polarizar o pior de Carneiro – tumultuosas, irascíveis, fechadas no nosso casulo.
Balança convida-nos a olhar para o outro sem nos perdermos de nós.
A aprender que o verdadeiro encontro acontece quando a harmonia não é fuga, mas diálogo.
— São Luz