Espelho meu, espelho meu… Se pensarmos no símbolo de Vénus poderemos ver nele um espelho e essa é uma das suas principais funções – permitir-nos ver nos outros as nossas qualidades, um reflexo das nossas características. Afinal, quem sou eu?
Vénus está associada a todos os temas das relações a dois, dos relacionamentos duradouros, do casamento e de todas as parcerias que requeiram capacidade de empatia, sensibilidade, equilíbrio, lealdade, harmonia, conciliação e compromisso.
No entanto, estas características não dependem de códigos morais ou sociais, antes decorrem da necessidade de tornar permanente qualquer situação que proporcione satisfação e prazer e que devolva um qualquer sentido de autoestima.
Em Touro, o primeiro signo regido por Vénus, desenvolvemos os recursos e competências interiores que nos permitem criar e manter os valores pessoais – dos mais materiais aos mais abstractos.
Em Balança, Vénus ocupa-se das aprendizagens que têm a ver com as escolhas. E como escolher? Precisamos de perceber o que valorizamos.
Quando não temos noção do que realmente é importante para nós, quando a autoconfiança é baixa e temos receio de assumir o que queremos, desejamos e gostamos, quando estamos limitadas por crenças e condicionadas por noções de pecado e castigo, podemos ser levadas a acreditar que não merecemos ser felizes.
Uma parte de nós irá fechar-se para agradar aos outros, ficar conforme ao status quo e garantir a sobrevivência. As escolhas não serão verdadeiras escolhas, antes decisões baseadas no medo. A vida perde o brilho, a alma ressente-se e as consequências são normalmente desastrosas.
Em desequilíbrio, Vénus atribui demasiada importância a factores externos, pode ser superficial, fútil, infiel, emocionalmente super exigente, zanga-se facilmente, tem dificuldade em expressar afectos e pode mesmo ser bastante cruel.
Por outro lado, as capacidades de iniciativa e força de vontade podem ficar reduzidas. A autoestima eclipsa-se, sentimo-nos feias, mal-amadas e não merecedoras de amor.
Vaidosa, competitiva e ciumenta são também características relacionadas com Vénus, mas que revelam a necessidade de nos preocuparmos com o nosso próprio bem-estar e salvaguardar os valores que consideramos importantes.
Não utilizar a inteligência e a capacidade estratégica que também lhe estão associadas pode fazer com que tenhamos de nos contentar com aquilo que sobrar.
Em excesso, corremos o risco de nos identificarmos com as coisas externas – a Vénus fica fora de nós e a autoestima fica dependente da validação exterior, leia-se, dos outros.
Vénus, a Deusa do Amor – o arquétipo da mulher jovem, amada e independente – dá-nos o impulso para sermos capazes de expressar quem somos, manifestarmos a necessidade de proximidade e contacto, a busca do conforto, o desejo da partilha e da união, a expressão dos afectos, mas também da sensualidade e do prazer.
No mapa astrológico, o posicionamento da Vénus, por signo e por casa, irá reflectir o que gostamos e valorizamos, a forma como nos sentimos amadas e apreciadas.
No caso do mapa de uma mulher, mostra como ela aborda os relacionamentos sociais e íntimos, bem como a imagem que tem de si mesma.
No mapa de um homem, a Vénus está particularmente associada ao romance e às imagens que considera especialmente belas e atractivas. Poderemos perceber a imagem que ele busca encontrar nos relacionamentos a dois, que tipo de mulher eroticamente o atrai, o que considera belo e o que lhe estimula os sentidos.
Vénus não busca prazer, alegria e paixão – Vénus é prazer, é alegria e é paixão. Vénus é criatividade e amor pela beleza nas suas mais diversas manifestações. Age a partir de si mesma e não depende dos outros para validar o seu próprio valor.
Afinal, o que queremos num relacionamento? O que queremos atrair? O que somos capazes de projectar? Espelho meu, espelho meu…
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