Queremos ou contentamo-nos? Sabemos realmente o que queremos?
Quando escolhemos acreditar que não é possível ir mais longe, contentamo-nos. Contentarmo-nos traz-nos várias mais valias:
√ A garantia de que não precisamos sair da nossa zona de conforto: não precisamos ser colocadas à prova e deparar-nos com as nossas fragilidades, com os nossos medos e limitações.
√ Não seremos avaliadas pelos outros. Ninguém saberá que, a par das nossas ambições poderá existir o receio de sermos consideradas um bluff.
√ Continuaremos a sentir que pertencemos à nossa tribo. Não nos apelidarão nem de arrogantes nem de vaidosas. Afinal, quem somos nós para termos a pretensão de ser melhores que os outros?
√ Não precisaremos de nos responsabilizar pelas consequências de um eventual “fracasso” nem de ter de lidar com o sucesso. Podemos continuar tranquilamente indiferenciadas e, quem sabe até, garantir que têm para nós alguma dose de compaixão.
Quantas vezes nos convencemos de que não vale a pena querer mais, ter mais, criar mais, ir mais além? Na vida do dia-a-dia, nos relacionamentos, no trabalho? Quantas vezes damos por nós com os eternos diálogos internos do “Não vale a pena tentar ter esta conversa”, “Não vale a pena investir…”, “Mais vale conformar-me até que…”. Optamos por mentir a nós mesmas e desistimos. Desistimos de nós. E, mais tarde ou mais cedo, iremos projectar a nossa insatisfação noutras pessoas, noutras situações, iremos criar “tempestades em copos de água”.
E se, em vez de desistirmos, resolvermos procurar a solução para o que queremos através do “Como”?
√ Como ter esta conversa de forma a que o outro entenda esta minha ideia, sentimento, projecto?
√ Como fazer para conciliar diferentes situações e conseguir que…?
√ Como desenvolver esta área da minha vida para que me sinta mais feliz e realizada?
Iremos ampliar possibilidades, iremos ter a oportunidade de reflectir sobre a resposta e procurar novas formas de atingir os objectivos. Tem riscos? Sim, mas iremos ser coerentes com a nossa verdade interior.
Então, quando damos por nós apáticas, quando a nossa vida está sem brilho, sem alegria, é altura de perceber o que nos está a faltar e… agir.
A motivação para passar do pensamento para acção vem de sabermos exactamente o que queremos e para que o queremos. Quando não damos resposta ao “Para quê” ou quando ele não é suficientemente importante, é fácil cairmos na rotina, tudo volta ao estado habitual e os dias e as semanas vão passando.
Merecemos ir tão longe quanto aquilo que os nossos sonhos alcançam e as nossas capacidades permitem e, mesmo essas, podem ser desenvolvidas.
Por isso, a questão é: O que queremos realmente para as nossas vidas?
Leia também:
8 dicas para gerir as suas expectativas
Objectivos e realidade – como passar das intenções para os resultados?
Viver consciente ou em piloto automático