A partir de hoje, e até ao Solestício de Inverno, quando se assinala a noite mais comprida do ano, o Sol – princípio da energia, criatividade e expansão – começa a perder o seu vigor e a ceder lugar à Lua – que convida à interiorização e à introspecção. À semelhança da seiva que retorna às raízes, a energia da vida recolhe-se. O crescimento e o desenvolvimento passam a ser internos.
O Equinócio marca o fim de um período de expansão. Dia e a noite têm exactamente a mesma duração. É um dia de ajustamento e procura de novos equilíbrios. Somos convidadas a agradecer a abundância daquilo que colhemos, a reflectir sobre os planos e as esperanças que fizemos, o modo com acabaram por se manifestar nas nossas vidas e a perceber o que aprendemos neste último ciclo de manifestação.
Este período é particularmente favorável para começarmos a preparação para a próxima estação, terminando projectos, limpando ou libertando o que já não nos faz falta ou que não queremos que nos acompanhe. Largar e deixar para trás o que já não nos serve bem é fundamental e faz parte de todos os processos de crescimento e amadurecimento. Precisamos entregar, reciclar, deixar que as folhas velhas se transformem no húmus que irá alimentar as futuras plantações.
Astrológicamente, o Outono cobre os signos de Balança, Escorpião e Sagitário.
Em Balança, a noite toma a dianteira face ao dia, procuramos novos equilíbrios com aquilo com que nos relacionamos, aperfeiçoamos a relação com o que já existe, valorizamos a beleza com que somos presenteados pelos quadros da natureza.
Em Escorpião a noite está perfeitamente instalada, a natureza impõe-se e somos convidadas a aceitar que teremos de passar mais tempo recolhidas. O clima exterior induz à introspecção e os sinais de regeneração da natureza mostram-nos que, também nós devemos fazer o mesmo processo.
Sagitário é o último signo a começar e a acabar ainda dentro do ano. Mostra-nos o fim do Outono e deixa-nos antever o Solestício de Inverno, em que os dias começarão novamente a ser maiores. É um período de fé, de esperança e de promessa de que, sabendo ultrapassar os rigores, uma nova vida irá surgir.
Podemos prepararmo-nos de modo a que, quando chegarem os rigores do Inverno, estejamos livres e em paz para “hibernarmos” com sossego.
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