Existem pessoas que parece que, desde cedo, encontraram o trabalho que as realiza profissionalmente. Outras, andam ano após ano no mesmo emprego que lhes paga as contas, mas sentem-se infelizes num trabalho que as esgota e não lhes traz realização. Existem ainda outras que continuam em busca do seu ideal profissional, mas por uma variedade de razões, parecem incapazes de o encontrar. O que diferencia as primeiras de todas as outras?
O autoconhecimento tem um papel determinante na escolha da carreira profissional. A principal razão é que quem sabe como se realizar profissionalmente, por norma, conhece bem as suas capacidades e limitações, o que a motiva e onde quer chegar.
Para isso, identifique:
- Tudo o que gosta de fazer e tudo aquilo que faz especialmente bem (pessoal e profissionalmente). Faça uma lista exaustiva. O que têm em comum?
- Que temas despertam a sua atenção, fazem com que pare o que está a fazer e se foque facilmente nisso?
- Observe o que o mercado precisa e o que está disposto a pagar. Qual o nicho de mercado que pode ser explorado?
Há também que perceber o que é importante para si, no contexto profissional. Quais são os seus valores para esta área da sua vida? Liste, pelo menos, 10 e trate de perceber qual a prioridade relativa de cada um deles.
Alguns exemplos:
- A remuneração é mais importante que a flexibilidade de horários?
- Valoriza ter uma equipa com quem trabalhar ou prefere ser independente?
- O reconhecimento é mais ou menos importante que a possibilidade de actualização de competências?
Quando se trata de gerir as situações profissionais do dia-a-dia, existem desafios que são partilhados pela maior parte das pessoas e os tempos peculiares que vivemos vieram colocar em destaque alguns deles.
O desafio mais comum tem a ver com a necessidade de conseguir equilibrar a vida pessoal com a vida profissional. Se este é um tema sempre presente, a verdade é que o regime de teletrabalho a agudizou, já que parece ter a estranha capacidade de esfumar as fronteiras entre o horário laboral e a vida doméstica.
Algumas dicas:
√ A produtividade não se mede nem pelas horas passadas à frente do computador nem pelas horas passadas no local de trabalho.
√ Aprenda a ser eficaz no trabalho que realiza. Primeiro que tudo, defina prioridades! Depois, divida as suas tarefas em pequenas metas e, quando as atinge, faça questão de as celebrar! O cérebro adora a dopamina, que está relacionada com a motivação custo / benefício. Neste caso, várias pequenas celebrações são mais proveitosas do que uma grande celebração.
√ Faça pausas de 5 minutos a cada 25 minutos. O seu cérebro precisa descansar para conseguir processar convenientemente mais informação.
√ Elimine os “vampiros do tempo” (redes sociais, mensagens, mais uma espreitadela à caixa de mail,…). O seu cérebro também está aqui em busca de mais uma dose de dopamina, mas não consegue perceber que o custo posterior é a tarefa que não ficou concluída!
– A determinação e a persistência são fundamentais para que consiga afinar as estratégias necessárias até que consiga alcançar aquilo a que se propõe, bem como…
√ A capacidade de dizer “não” a tudo aquilo que contribui para afastar a meta que pretende alcançar – seja ela qual for. Além de que estará a fortalecer a sua autoconfiança!
Quer tenha já encontrado o seu trabalho ideal, quer esteja em busca dele, sem motivação dificilmente chegará onde se propõe. A motivação está directamente relacionada com a força dos nossos motivos para enfrentar as adversidades.
Experimente imaginar como poderá celebrar a sua conquista quando “encontrar” o emprego ou função que seja alinhado consigo. O que vai dizer? O que vai ouvir, o que vai sentir, quando estiver feliz com esta área da sua vida?
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