A Astrologia é uma linguagem simbólica. Começou a ser estudada há cerca de seis mil anos e remonta à época caldaica da antiga Mesopotâmia.
A observação dos céus e a movimentação dos planetas foram a forma usada pelos antigos para perceber de que modo estas condições influenciavam a vida na terra e o destino dos reis, uma vez que deles estavam dependentes os destinos dos seus povos.
Só mais tarde, no fim da época Babilónica, pouco antes da chegada de Alexandre, o Grande, os astrólogos começaram a utilizar formas de aplicar a astrologia aos indivíduos comuns.
Para elaborarmos o mapa de nascimento ou horóscopo, como passou a ser chamado a partir da Renascença, precisamos conhecer o dia, a hora e o local do nascimento. Isto assinala o momento em que, pela primeira vez, respirámos o ar neste nosso planeta e passámos a relacionar-nos, enquanto seres autónomos, com o todo maior, do qual somos microcosmos.
Os planetas, os signos, as casas. A sua disposição no tema do nascimento e o modo como se ligam entre si, falam-nos acerca dos padrões básicos da nossa relação com o Universo, do qual fazemos parte.
A astrologia coloca-nos no centro do palco da nossa vida. Permite-nos ter a percepção das nossas qualidades, necessidades, potencial, tensões, bloqueios, medos e mecanismos instintivos que tantas e tantas vezes nos condicionam.
Ao relacionarmos o movimento dos planetas no céu com o nosso mapa astrológico, temos a possibilidade de compreender e actualizar as propostas que a vida tem para cada uma de nós – no fundo, aquilo que é analisado na leitura dos chamados trânsitos e progressões.
Poderemos assim entender o propósito por trás de cada crise, a oportunidade de crescimento em direcção à nossa verdadeira identidade, em quem nos poderemos tornar quando activa, consciente e responsavelmente cuidarmos, integrarmos e honrarmos todas as partes de nós.
Se a astrologia pode mudar a forma como vemos e vivemos no mundo? Sem dúvida! Cada mapa é único (apenas quem nasceu no mesmo dia, local e hora partilha de um mapa igual e, mesmo assim, vamos tendo vivências e heranças que nos diferenciam).
Então, como esperar conseguir que todos pensem da mesma forma, possuam exactamente as mesmas características e aspirações? Entender isto possibilita-nos um maior entendimento acerca das circunstâncias da vida, desenvolver maior compaixão e dá-nos legitimidade para vivermos de acordo com a nossa verdade interior.
Queremos verdade, honestidade, transparência… E quantas vezes não somos isso connosco mesmas? Muitas vezes porque, realmente, não estamos a ser capazes de perceber o que está em causa; outras porque preferimos adiar o confronto.
A Astrologia é uma excelente técnica de auto-reflexão: ao conhecermo-nos melhor, ao compreendermos as nossas necessidades, desejos e limites, somos capazes de realizar escolhas mais acertadas e de percebermos porque é importante seguirmos os caminhos que nos devolvem o sentido da vida.
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